terça-feira, 23 de novembro de 2010

Ele era químico. Sua aparência, um clichê ambulante. Uns óculos, uma magreza pálida e um jaleco branco. Sorriu ao me ver. Eu eu retribui, nenhum dos dois foi sincero. E, mesmo assim, me senti acolhida. Havia a preocupação em aceitar o outro e isso me fez relaxar.
Antes dos óculos quebrarem e ele os jogar no bolso do jaleco, ele havia me dito duas coisas importantes: "Eu sei de muita coisa. Coisas que fariam você perder o sono pro resto da vida." e "Não tenha medo. Mas não confie demais também."
Meu coração vivia aos pulos e sobressaltos e eu sem saber porque durante toda a noite, vim perceber que havia me apaixonado ao desligar a luz do abajur.

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